É comum que alguma vez na semana a maioria dos brasileiros dê aquela passadinha na farmácia, seja para comprar produtos de higiene, medicamentos esporádicos ou de uso continuado o mercado de fármacos tem as mais variadas marcas e valores. Entre todas as opções existem as categorias de medicamentos: éticos, similares, referências e genéricos. Mas, afinal, você entende o que quer dizer cada classe de medicamentos?

Conforme a legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, as classes de medicamentos promovem a divisão dos fármacos para incidir sobre eles legislação de patentes e restrições específicas de cada categoria. Vamos conhecê-los: 

Medicamentos e Referências ou Éticos

A primeira classe de medicamentos é a de referência, são os primeiros a serem desenvolvidos a partir dos estudos de uma determinada composição. É a partir dos fármacos desta classe que as outras categorias são criadas. São medicamentos autênticos, também conhecidos como “de marca”, “éticos” e “originais”. 

Os medicamentos de referência correspondem a grande parte do varejo mundial de medicamentos, a empresa que desenvolve medicamentos de referência detém sua exclusividade por até 20 anos no Brasil (a legislação muda de país para país)

Para criar um medicamento de referência a empresa precisa de aporte financeiro, tecnológico e especialização, e devem cumprir os requisitos de segurança, eficácia e qualidade. Por tudo isso, são medicamentos mais caros e menos acessíveis. 

Medicamentos Similares

A segunda categoria é dos similares. Os similares são todos os remédios registrados pela Anvisa porém que devem, por característica, manter os mesmos princípios ativos, mesma concentração, mesma dose e mesma forma farmacêutica dos medicamentos de referência ou os genéricos. A diferença está no fato de que esses medicamentos possuem marca e nome fantasia.

Os medicamentos similares apresentam equivalência determinada ao medicamento “original”, no entanto possuem características próprias, como nome comercial, tamanho e formas específicas, rótulo, excipientes e veículos. 

A vantagem é que as farmácias e drogarias podem comercializar estes produtos com valores de venda reduzidos para alcançar públicos que não conseguem arcar com o custo de medicamentos mais caros.

Medicamentos Genéricos 

A terceira categoria é a dos medicamentos genéricos. Basicamente, os genéricos possuem a mesma fórmula dos remédios de referência, a diferença é que são produzidos por outro laboratório após a quebra de patente, geralmente com insumos mais baratos ou subsidiados, dessa forma eles têm um valor também inferior.

Os genéricos não possuem patente exclusiva e utilizam a fórmula do medicamento de referência, por isso eles não podem apresentar um nome comercial (como por exemplo: Dorflex, Luftal ou Neosaldina). Assim, eles carregam apenas o nome científico, ou seja, apenas o nome de sua substância ativa.

Resumindo:

• Éticos: medicamentos inovadores aprovados por comissões de ética.
• Similares: produzidos por laboratórios terceiros após a quebra de patente dos éticos, podendo conter uma marca comercial.
• Referência: medicamentos que são referências para as comunidades médica e farmacêutica. São os medicamentos éticos e alguns similares que alcançaram grande reconhecimento.
• Genéricos: produzidos por laboratórios terceiros após a quebra de patente dos éticos, mas não podem exibir marca comercial.

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