Uma categoria pouco conhecida por parte da população é a dos medicamentos biossimilares. Eles reduzem o preço, ajudam no tratamento de doenças e são alternativas para os medicamentos originais e genéricos. Os medicamentos biossimilares são derivados de uma classe de medicamentos conhecida como remédios biológicos. Vamos entender melhor?

Eles são produzidos a partir de células vivas e carregam tipos específicos de proteínas. Por exemplo, as insulinas derivam desse tipo de medicamento, usadas no tratamento de pacientes diabéticos quando a insulina produzida pelo próprio organismo é insuficiente ou quase inexistente. Neste caso, os biossimilares atuam como uma reposição da proteína do próprio corpo.

E como funciona esse medicamento? 

Uma vez que a patente do medicamento biológico perde validade, abre-se espaço para a produção do biossimilar, que é equivalente ao original. Ao contrário dos remédios genéricos, os biossimilares são feitos com a exata molécula da medicação original sintética. 

Os medicamentos biossimilares não têm como seguir a mesma receita dos biológicos, isso porque são produzidos a partir de outras células vivas e através de uma tecnologia recombinante.

O que pode gerar confusão e desconfiança é que os medicamentos biossimilares não são os mesmos que os genéricos, eles são desenvolvidos e produzidos de forma muito diferentes. Os genéricos, seguem fórmulas, processos e receitas idênticas aos originais. Enquanto os biossimilares tentam chegar o mais próximo possível do original em sua composição, por isso, similares. 

Mas por que os biossimilares auxiliam nos custos?

Em seu processo de criação, os medicamentos biossimilares exigem uma tecnologia avançada e extremamente sofisticada. Por isso, apesar de não podermos comparar a redação de custos que ocorrem também nos genéricos, os biossimilares são significativamente mais baratos que seus medicamentos e referência.

Explicando de outra forma, atualmente os medicamentos biológicos ocupam 41% de todo orçamento previsto com a aquisição de medicações. Uma redução nos valores utilizando os biossimilares, faria com que o sistema público de saúde pudesse adquirir maior volume de tais fármacos, expandindo assim o acesso ao tratamento. 

Na Europa, por exemplo, os biossimilares são quase um terço mais baratos do que os biológicos de marca. Já os Estados Unidos teriam economizado cerca de US$250 bilhões, entre 2014 e 2024, se os biossimilares atualmente em desenvolvimento já estivessem disponíveis para uso.

Ou seja, os biossimilares são medicamente com alta tecnologia e podem reduzir drasticamente os custos, gerando até mesmo uma competição saudável dentro da indústria. Quanto mais aumenta o número de produtos disponíveis no mercado, mais opções o mercado tem e, com isso, menor é o custo, quanto menor o custo dos medicamentos, mais pessoas tem possibilidade de aquisição.